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segunda-feira, 31 de agosto de 2015

TEM COISAS QUE SÓ ACONTECEM COMO DOM BOSCO!!!

Eita, Dom Bosco!...      

Em pé: Serginho, Cezar Julião, Saldanha, Gaguinho, Zé Luiz, Ferreira e Abrahão Ayhub (Preparador Físico). Agachados: Thallys Solis (Massagista), Gonçalves, Djalma, Dirceu Batista, Gilberto e Juju.


Contra o Dom Bosco tudo é possível!...” Esta foi a explosão do narrador esportivo Márcio de Arruda, da Rádio A Voz do Oeste, ao final do jogo em que o Mixto empatou com o Dom Bosco pela contagem de 2x2, no Dutrinha, e ganhou o Campeonato Mato-grossense de Futebol de 1965.
Dombosquino de primeira hora, Márcio de Arruda, cujo desabafo raivoso ficou famoso nos meios esportivos da capital, não se conformava como o seu time havia perdido o campeonato. E com razão: o Dom Bosco estava ga­nhando por 2x0 até aos 40 minutos do 2º tempo, mas permitiu que o alvinegro empatasse e ficasse com o título.
Decorridos mais de 40 anos da decisão histórica, Márcio de Arruda recordava amargurado a desastrosa circunstância em que o Dom Bosco per­deu o jogo – os dois gols do Mixto foram marcados, contra, pelo centroavante do azulão Nelson Leão – e chegava a questionar, como naquele dia fatídico, se forças do além não interferem no futebol...
O então técnico do Dom Bosco, João Batista Jaudy, lembra que de fato tinha treinado o atacante Nelson Leão, um bombeiro cuja dedicação em campo acabou dando origem ao eslogan dombosquino “Leão da Colina Ilumi­nada” para, se fosse preciso, marcar implacavelmente Ruíter.
Recorda também Batista Jaudy que a semana que antecedeu a deci­são do campeonato foi de muitas intrigas, fofocas, guerra de nervos, etc., que davam um sabor especial ao futebol daquela época e arrastavam multidões ao Dutrinha.
De sua parte, Batista Jaudy escorregava uma graninha por fora para o lendário locutor Ivo de Almeida, da Rádio Difusora Bom Jesus de Cuiabá, tocar em seus programas esportivos uma musiquinha que dizia “O leão está solto na rua...” só para provocar os mixtenses...
Lá pelos 25 minutos do 2º tempo, quando o Dom Bosco fez o se­gundo gol, Jaudy foi até a lateral do campo e gritou para Nelson Leão pôr em prática o esquema ensaiado exaustivamente durante a semana para não deixar Ruíter jogar dali pra frente...
A ordem de Jaudy era expressa como a que os treinadores geralmen­te passam a determinados jogadores quando têm a função de marcar adversá­rios que merecem atenção especial: “Se ele sofrer uma disenteria e tiver que ir ao banheiro, vai junto e fica do lado de fora marcando...
Só que Ruíter, que de bobo de bola não tinha nada, deixou de ser meia armador e foi jogar dentro da área do Dom Bosco. Não deu outra: no de­sespero para não deixar Ruíter pegar na bola, Nelson Leão acabou marcando, contra, os dois que deram o empate e o título daquele ano ao Mixto...
      (Reeproduzido do livro Casos de todos os tempos  Folclore do futebol de Mato Grosso, do jormalista e professor de Educação Física Nelson Severino).

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