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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

RELEMBRANDO O ÚLTIMO TITULO PAULISTA DA PORTUGUESA

Joacir Hermes de Amorim
Com site da Lusa
         Há exatos 42 anos a Portuguesa conquistava o terceiro título estadual na mais polêmica final da história do Campeonato Paulista. A equipe comandada pelo técnico Otto Glória foi obrigada a dividir a conquista com o Santos por causa de duas falhas do árbitro Armando Marques.

         Os times empataram sem gols e, na prorrogação, o juiz anulou um gol legítimo de Cabinho. O erro fez com que a decisão fosse p
ara os pênaltis. Foi quando o árbitro fez uma confusão na contagem, declarou o Santos campeão antes da hora e teve de dividir a conquista. 

         Naquele 26 de agosto de 1973, o estádio do Morumbi recebeu o maior público registrado na época: mais de 116 mil pagantes. A torcida lusitana dividiu as arquibancadas com os santistas. O capitão Badeco levantou a taça posteriormente, no estádio do Canindé.
A Portuguesa foi a campo naquela final com Zecão, Cardoso, Pescuma, Calegari, Isidoro, Badeco, Basílio, Xaxá, Enéas, Cabinho e Wilsinho.

Campeã paulista de 1973
          A decisão do Campeonato Paulista de 1973 foi apitada pelo árbitro Armando Marques, especialista em “tungar” a Portuguesa.
O jogo contra o Santos, no Morumbi, marcou a última final paulista jogada por Pelé.

          A Portuguesa tinha um time jovem que contava com vários jogadores revelados pelo próprio clube. O time luso aguentou a pressão do experiente Santos e o jogo terminou em 0 a 0. Na prorrogação, o atacante Cabinho marcou para a Portuguesa o gol que daria o título, mas Armando Marques estava lá e inventou de anular o tento legítimo.

          A decisão foi para os pênaltis. O Santos estava em vantagem e o juiz se confundiu com a contagem e tratou de encerrar a disputa antes da hora. Enquanto os santistas comemoravam, os jogadores da Portuguesa e o técnico Otto Glória foram embora do Morumbi. Quando todos perceberam o erro era tarde demais.

          Configurado o erro de direito por parte da arbitragem, tudo foi decidido na Federação Paulista de Futebol, que declarou Portuguesa e Santos campeões daquele campeonato.

Ataque Iê Iê Iê
          A linha de frente da Portuguesa na década de 1960 ficou conhecida como o “Ataque iê iê iê”, em referência ao sucesso dos Beatles e da Jovem Guarda naqueles anos.

          O atacantes da Lusa eram  jovens, habilidosos e insinuantes, causando pesadelos nas defesas adversárias. Fizeram várias excursões ao exterior, passando pelas Europa, pelas Américas e até pelo Caribe. Foram a sensação do futebol paulista por muito tempo.

         Na versão mais famosa, o “Ataque Iê Iê Iê” foi formado por Ratinho, Leivinha, Ivair (O Príncipe), Paes e Rodrigues.

A Associação Portuguesa de Desportos foi fundada no dia 14 de agosto
de 1920. A data remete à histórica Batalha de Aljubarrota,dia em que Portugal tornou-se independente da Espanha em 1385. O clube nasceu da fusão de cinco times de futebol de São Paulo com origem portuguesa: Lusíadas FC, EC Lusitano, AA 5 de Outubro, AA Marquês de Pombal e Portugal Marinhense.
         O futebol foi o ponto forte da Lusa desde sempre. Não a toa a Rubro-Verde ficou com a taça do Campeonato Paulista em três oportunidades: 1935, 1936 e 1973. As duas conquistas do Torneio Rio-São Paulo, em 1952 e 1955, fizeram a Portuguesa ser o time-base da seleção brasileira. As excursões invictas do esquadrão lusitano pelo mundo renderam ao time três edições da Fita Azul.
         Houve ainda as conquistas de dois canecos da Copa São Paulo de Juniores, em 1991 e 2002, sem contar a Rubro-Verde campeã brasileira da Série B em 2011. Isso tudo, claro, além da marca de revelar craques como Djalma Santos, Ivair, Enéas e Dener. Fora dos gramados, o clube ainda tem história no ciclismo e no hóquei. Sem contar a mais tradicional Festa Junina de São Paulo.
 

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