OBRAS DA COPA DO MUNDO 2014 EM CUIABÁ: O MAIOR ESTELIONATO, O MAIOR ROUBO DA HISTÓRIA DE MATO GROSSO PRATICADO POR SILVAL BARBOSA E SUA QUADRILHA CONTRA O POVO MATO-GROSSENSE
Joacir H. de Amorim
Reportagem Local
A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Obras da Copa do Mundo apontou prejuízo de R$ 500 milhões. O Presidente da CPI que investiga as obras da Copa do Mundo em Cuiabá, deputado estadual Oscar Bezerra (PSB, revelou no dia 25.03 (6ª feira) que o Estado poderia ter economizado R$ 500 milhões nas obras de infraestrutura para receber o Mundial de Futebol. Além disso, cerca de 35 pessoas devem ser responsabilizadas por irregularidades encontradas nos contratos e na execução de algumas obras exigidas para que a capital recebesse os jogos da FIFA.
"O resultado da CPI será muito forte. Vamos apontar as anomalias que aconteceram no processo, ao longo da preparação para a Copa do Mundo"
Entre as fraudes encontradas pela CPI, estão indícios de direcionamento de licitações, participação de 'empresas fantasmas' na Concorrência do Edital, descumprimento de contratos de serviços.
Com aproximadamente 1,5 páginas de relatório, 70 oitivas, 35 reuniões, 13 mil páginas de processos, deve responsabilizar os autores e coautores dos crimes cometidos contra a administração pública em Mato Grosso.
Passados quase dois anos da realização dos jogos da Copa do Mundo em Cuiabá, as obras de mobilidade urbana, mais do que nunca, são a maldição do povo cuiabano e várzea-grandense. Após quase cinco anos de seu início, as obras continuam inacabadas e as que foram concluídas, estão eivadas de vícios e defeitos.
A Arena Pantanal onde foram realizados quatro dos jogos da Copa do Mundo de 2014, apresenta vários problemas estruturais, a parte externa não foi concluída e a obra até a presente data nem foi entregue oficialmente ao governo do Estado.
Os Centro Oficial de Treinamento/COT, que deveriam ser quatro (UFMT, Pari/VG, CPA e Chapada dos Guimarães), só dois começaram a ser construídos, os da Universidade Federal de Mati Grosso/UFMT e da Barra do Parí, em Várzea Grande.
O COT/UFMT, previsto para ser entregue e usado durante a Copa do Mundo de 2014 e orçado em R$ 19,8 milhões, está com 75% dos serviços executados. O COT/PARI-VG, está com as obras paralisadas a quase dois anos desde o começo das obras, estão inacabados, entregues à ação do tempo e à marginais que cometem toda sorte sorte de roubos e furtos contra as obras que não tem prazo para ser finalizadas. Recentemente o dono da área entrou na justiça para retomar a área doada ao governo do estado, pelo fato da obra não ter sido terminada e assim perdeu a finalidade para a qual foi doada.
Todas as trincheiras e viadutos apresentaram graves problemas. Nas do Santa Isabel e do Santa Rosa nas paredes das obras há falhas no sistema de drenagem. O Viaduto da Avenida Fernando Corrêa é uma verdadeira vergonha a maneira como foi construído, toda vez que chove, o entorno do viaduto vira um verdadeiro mar e o Viaduto da Avenida do CPA, foi chamado pelo Governador Pedro Taques de 'Vergonha mundial da engenharia', antes de completar um mês de ter sido entregue para o uso da população, precisou ser fechado por quase um ano, para reformas nas estruturas, pois corria o risso de desabar. Essa foi uma obra que não tinha nenhuma necessidade de ser construída. Foi feita apenas para ser uma fonte de roubo do dinheiro público para Silval Barbosa e sua quadrilha. As empreiteiras responsáveis pelas obras da Copa do Mundo de 2014 alegam que estão com dificuldades financeiras para finalizar os trabalhos.
Paralisadas desde dezembro de 2015, as obras no Córrego Mané Pinto que corta a praça 8 de abril, previstas para ser entregue até a realização dos jogos da Copa do Mundo de 2014, estão deterioradas e depredadas. Os serviços de revitalização e recuperação iniciaram-se em novembro de 2012 e 70% do projeto foi executado. São visíveis as rachaduras, crateras e o risco de desmoronamento nas estruturas, o que causa a indignação e revolta dos moradores e de quem transita pelo local. O Consórcio responsável pelas obras diz que as desapropriações e remoções de postes do local, como obstáculos para a conclusão das obras.
E o VLT??? Ah, o VLT!!! Esse sim, foi uma vergonhosa imposição feita por essa quadrilha sobre o povo mato-grossense. A história desse modal de transporte, já começou de maneira fraudulenta. Silval e sua quadrilha, cooptaram duas funcionárias do Ministério das Cidades para que fraudassem um relatório que indicava que o Bús Rapid Transport/BRT, era o mais indicado para a capital Cuiabá. Elas, inclusive, estiveram recentemente prestando depoimento à CPI das Obras da Copa na Assembleia Legislativa. Que era inviável para a cidade esse tipo de modal, o Veículo Leve sobre Trilhos/VLT, e que não seria possível termina-lo antes do começo da Copa do Mundo de 2014, ninguém fez nada, nem a sociedade, nem os políticos e nem o Ministério Público Estadual ou Federal.
O atual governo tem que jogar duro contra esses consórcios, responsáveis por essas obras e faze-los ressarcir o Estado por todas as perdas, já que elas agiram mancomunadas com a quadrilha de Silval Barbosa e José Riva.
Em nova decisão, o juiz da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, Ciro José de Andrade Arapiraca, determinou que o governo do Estado de Mato Grosso e o Consórcio responsável pela obras do VLT se posicionem, em um prazo de 10 dias, sobre a possibilidade de um acordo para a continuidade das obras do modal. A decisão foi publicada no último dia 15.04. Conforme o Juiz, depois de pouco mais de um ano de suspensão contratual, já é possível que as partes apresentem uma conclusão sobre o andamento da obra.