SHOPPING POPULAR DE CUIABÁ SERÁ REINAUGURADO EM 21 DE JULHO
Com site da Assembléia Legislativa
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SHOPPING POPULAR COMO ERA |
O Shopping Popular de Cuiabá (Shopping dos Camelôs), que iniciou suas atividades em 21 de abril de 1995, recebeu
uma nova estrutura que será inaugurada no próximo dia 21 de julho. Já apresenta antes mesmo de sua inauguração, alguns problemas que precisam ser urgentemente resolvidos e um deles é o acesso ao local feito por uma estreita rua lateral e a Avenida Senador Metelo, já muito congestionada.
O engenheiro civil, Dep. Sebastião Rezende enaltece a visão do presidente da Associação
dos Camelôs e seus associados em buscarem o resgate histórico na edificação da
nova estrutura física, enaltecendo as molduras aparentes e arcos sobre as
portas de acesso, utilizados nos casarões antigos, como as do Mercado Público
(Museu do Rio), Casa do Artesão, Sesc Arsenal, Palácio da Instrução, entre
outros prédios históricos que preservam o estilo colonial da Capital.
“O novo prédio do Shopping Popular une o fator histórico e as novas
tecnologias da construção civil, com aplicação do EPS (isopor) em grande parte
da obra, que é um material extremamente leve e permite uma construção
sustentável para a região de clima tropical, além da preocupação com o consumo
racional de energia elétrica e água”, avalia.
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SHOPPING POPULAR COMO É AGORA |
O presidente da Associação dos Camelôs do Shopping Popular , Misael
Oliveira Galvão, lembra que entre o março de 1986 e julho de 1994, a
economia do país estava "indo de mal a pior" e muitos pais de
famílias acabaram sendo demitidos de seus empregos sem conseguir voltar ao
mercado formal de trabalho. Para manter o sustento, optaram por realizar vendas
diretas nas ruas da capital. As barracas eram abertas no centro da cidade e,
para tentar sobreviver, cada comerciante vendia um tipo de produto. Com isso,
as praças e ruas iam se transformando, sendo cada vez mais ocupadas por este
tipo de comércio o que causou reação dos empresários locais e da prefeitura.
“À época, a adesão cada vez maior de vendedores gerou problemas, uma vez
que Cuiabá não é uma cidade planejada, então tinha pouco espaço nas calçadas, e
estas, cada vez mais ocupadas pelos comerciantes autônomos. Com as reiteradas
abordagens das administrações, os comerciantes começaram a se organizar. Em
1992, aproximadamente 400 camelôs trabalhavam normalmente no centro da cidade
quando a administração municipal iniciou um diálogo sobre a organização e
retirada desses populares para locais apropriados, em uma tentativa de
organizar a cidade, mas não houve entendimento”,destacou.
Como as conversações não tinham retorno, já que a prefeitura tinha
anseio de “organizar” a cidade e os vendedores ambulantes temiam que a mudança
acarretasse diminuição das vendas e, por consequência, o comprometimento do
sustento da família, a prefeitura se valeu de maior autoridade e fez a retirada
dos camelôs do centro da cidade em 21 de abril de 1995, alojando-os onde hoje é
o Shopping Popular. “A prefeitura usou todo o aparato e nós não tivemos outra
alternativa senão sair”, lembrou Misael Galvão, hoje à frente da Associação dos
Camelôs.
Tudo foi tomando novo ritmo, depois de 2007, quando o então presidente
Luiz Inácio Lula da Silva publicou a Medida Provisória nº 380, instituindo
Regime de Tributação Unificada (RTU) na importação de mercadorias do Paraguai,
o que garantiu que a Cooperativa de Compras do Comércio Popular (Coocomp/MT)
atuasse - pois a lei permite a importação, via terrestre, de mercadorias
procedentes do Paraguai, mediante o pagamento unificado de impostos e
contribuições federais incidentes. Misael assegura que “desde a aplicação da
lei foi possível que muitos camelôs se tornassem empreendedores e pudessem
realmente mudar de vida. A evolução das pessoas foi muito grande. Cerca de 90%
dos ambulantes já são legalizados”, estimou.
“Desde então,
diante de tantas lutas, vontade de crescer e fazer diferente, o Shopping
Popular, enfim, pode se consolidar no mercado e mostrar para a população que,
diferente do que se imagina, os produtos em sua maioria são legais,
certificados, e com garantia. Isso traz mais segurança para aqueles que
deixaram de ser vendedores ambulantes e passaram a ser empreendedores. Tudo
valeu a pena, a classe amadureceu muito. A classe ganhou muito, ela esta
organizada, fortalecida, tem representatividade. Hoje, qualquer associado pode
chegar ao banco e dizer que trabalha no Shopping Popular com orgulho”, garantiu
Misael
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