Presidente do Sindicato dos atletas Profissionais do Rio de Janeiro, Alfredo Sampaio, diz que 87% dos jogadores profissionais de futebol ganham até dois salários mínimos
Da Redação
Com Sites
O Goianésia, clube até então pouco, ou nada, conhecido e teve seu nome lembrado por Wendell Lira, vencedor do prêmio Puskás.
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Wendell Lira, vencedor do premio Puskás. Foto: Jornal O Globo. |
Wendell Lira, muito provavelmente, deixará a base dramática da piramide salarial: 87% dos jogadores recebem até dois salários mínimos por mês.
"Fiscalizamos clubes e nos deparamos com cenas inacreditáveis. Clubes sem campo, jogadores trocando de roupa no gramado por falta de vestiário, sem receber salários...A realidade do futebol brasileiro é do sonhador que chega no clube pequeno com 20 anos, peregrina até aos 36 anos e deixa o futebol profissional, sem dinheiro, sem rumo. É um sonho mentiroso", disse o presidente do sindicato de Atletas Profissionais do Rio de Janeiro, Alfredo Sampaio.
"Por que não auxiliar o pequeno clube em vez de elimina-los"
Ex-jogador de clubes pequenos, Alfredo sentiu na pele a dificuldade. Mas jamais largou os estudos. Preocupado na mesma medida que indignado, ele encabeça o projeto de licenciamento. Além da formatação, levou a realidade à CBF, ao Supremo Tribunal Federal e a Federação de Futebol do Rio de Janeiro. Uma briga de longa data. Atrás de votos, as entidades abrem a guarda para receber apoio. A qualquer custo, um clube sem estrutura tem poder de voto numa eleição a ponto de ser decisivo. Explica-se em parte o continuísmo em muitas federações estaduais e até a nacional.
"Falei com o Rubinho (Presidente da Federação de Futebol do Rio de Janeiro). Não pode ir atrás de voto de clube da Série C. Essa competição não deveria nem mesmo existir. O clube não tem médico. É uma vergonha. Na CBF, a proposta de licenciamento só andou depois da saída de Ricardo Teixeira...Mostrei em Brasilia o que se passa no futebol brasileiro longe dos holofotes", afirmou Sampaio.
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